A aranha desceu lentamente por um fio de seda para olhar o gafanhoto mais de perto
Consigo o quê?
Olhe pra você! O gafanhoto estava indignado
É tão pequena, frágil, lenta. Não tem uma mordida eficaz, é uma presa fácil!
Os olhos da aranha se enxiam de sadismo.
Seu físico é tão fraco! Continuou o gafanhoto. Pode ser esmagada por um maior!
Ainda assim, como, como consegue instigar tanto terror?
As idéias nadaram pelos olhos, o prazer pingou de sua boca. A aranha falou.
Simples! O segredo não está no tamanho do monstro, mas em sua eficácia.
Posso não ser eficaz sozinha, mas serei o ser mais temido do mundo
Quando cair na minha teia
Vai chorar, incapaz de sair, ao lembrar como sou lenta
Ao ver o terror crescendo calmamente enquanto não há como reagir.
Vai gritar e sofrer com cada mordida e gota de veneno
E nessa hora você desejará que eu seja um predador enorme
Rápido, letal... Mas ineficaz.
Ineficaz como? Perguntou o gafanhoto
A minha diversão está em conhecer minha vítima. Continuou a aranha, salivando.
Sob a tortura, a vítima é capaz de qualquer coisa para a morte graças ao desespero.
Acredito que ouvi ofertas de seus amigos mortos que você mesmo nunca ouviria...
Aranhas são seres intrigantes, assim como o autor do texto.
ResponderExcluirQuando achamos que conhecemos tudo, somos surpreendidos denovo.