quarta-feira

Os posts da Floresta Xadrez serão suspensos por um tempo.
O Sr. GloomCester está se aprimorando para dar mais qualidade para seus leitores.

Voltaremos com surpresas.
Obrigado a todos :*

sábado

I never want to act my age...

Ouço pessoas ao meu redor me cumprimentando. Sorrisos, desejos de boa sorte e parabéns. "Feliz aniversário, feliz aniversário". Sinto orgulho no meu peito: 18 anos é uma idade importante. E agora cheguei nela.
Diante de mim tem um mundo inteiro. Um mundo de gente adulta. Aqui, não acreditam em contos de fadas. Aqui, os monstros são a fome, a miséria, a crueldade. Não há mais tanto espaço para meu terror, para minhas histórias, para minha imaginação. Começo a murchar.
Diante de mim está um mundo que pedirá maturidade. Um mundo que não acredita no amor eterno, verdadeiro, gigantesco. Amor aqui, morre, acaba. É coisa simples. Diante de mim está um mundo que pede que eu seja um adulto. Um homem sério. Não posso mais sonhar tão alto. Não posso mais mudar o mundo. Agora tenho que me contentar com uma coisa. Uma única, mísera coisa que eu em particular nunca vi tanta graça: A realidade.
Que outra conclusão eu chegaria? Acabou a festa. Crescemos e ficamos pessimistas, chatos, céticos.
Precisa mesmo ser assim? Preciso mesmo ser forçado a acreditar que o impossível nunca acontecerá, que agora o jogo acabou de vez, que minha vida nunca será tão grande quanto eu esperei?
Não, não preciso. Eu ainda acredito no impossível. Ainda acredito nos contos de fadas. Agora, eles só estão mais sutis, mas ainda estão lá, nos pequenos detalhes. Ainda acredito no amor, aquele eterno e poderoso. Apenas entendo agora que amor assim só acontece uma vez, e que muitas vezes teremos que usar até a força que não temos para lutar para ele acontecer. E seremos felizes.
As coisas podem não acabar tão grandes quanto esperávamos. Mas não significa que não podem ser grandes. Como disse antes, eu acredito no impossível. Ainda prefiro acordar todos os dias acreditando que algo impossível irá acontecer. E no fim, eu saberei que aconteceu, mesmo sem ter visto nada: Eu vivi mais um dia, feliz, leve e sonhador, ao invés de me curvar perante ao que as 'leis absolutas' dizem o que vai ou não acontecer.
Eu sorrio para todos, agradeço pelo apoio. Sei que muito virá agora, mais escolhas, mais decisões que terei que fazer sozinho. Mas agora sinto uma centelha de coragem no peito.
Por que levar tudo... Tão a sério?

I took her out, it was a Friday night

I wore cologne to get the feeling right
We started making out, and she took off my pants
But then I turned on the TV

[Chorus]
And thats about the time she walked away from me
Nobody likes you when you're 23
And are still more amused by TV shows
What the hell is ADD?
My friends say I should act my age
Whats my age again?
Whats my age again?

And later on, on the drive home
I called her mom from a pay phone
I said I was the cops
And your husbands in jail
This state looks down on sodomy

[Chorus]
And thats about the time that bitch hung up on me
Nobody likes you when you're 23,
And are still more amused by prank phone calls,
What the hell is call ID?
My friends say I should act my age
Whats my age again?
whats my age again?

[Chorus]
And thats about the time she walked away from me
Nobody likes you when you're 23
And you still act like you're in Freshman year
What the hell is wrong with me?
My friends say I should act my age
Whats my age again?
(whats my age again?)

And thats about the time that she broke up with me
No one should take themselves so seriously
With many years ahead to fall in line
Why would you wish that on me?
I never want to act my age
Whats my age again?
whats my age again?

whats my age again?

(What's My Age Again? - Blink 182)

quinta-feira

Monstruosidades...

Black & Red (Dan)

Eu tenho algo pra te contar,
espero que assim você entenda
você tem se afogado de ciúmes por causa de outra
mas como você não entende?
meu coração sempre será seu
e meu sentimento todo esse tempo nunca mudou
você tem medo dela
e agora você está sofrendo com isso, amor
isso não pode continuar, isso não pode continuar.

Acabou
Sim, isso é verdade.
Mas foi um episódio negro e você não teve escolha
fez tudo isso por me amar
e para me proteger.
Amor, não tenho como falar o quanto meu romance sonha.
E agora rio baixinho
por você sequer pensar
que corre o risco de perder meu coração pra outra.
eu escrevo cartas românticas
e agora sua voz não sai da minha cabeça,
Pode voltar segura, eu nunca deixei de ser seu,
Eu nunca deixei de ser seu.

Agora há uma bonequinha comigo,
Esperamos seu beijo,
Esperamos seu beijo,

Desista de pensar que eu partirei,
Não há lugar para eu ir que não seja sem você.

quarta-feira

Brinquedos Afiados...

Sala de Espera.
Não era nada do que ele esperava.
A sala era irregular. A clara impressão é que as paredes tinham tamanhos diferentes. No teto, uma luz esverdeada pintava todas as paredes que deviam ser brancas; agora, além de ter uma tonalidade de menta, também tinham marcas de mão e sujeira. O chão era quadriculado de branco e preto, como um tabuleiro. Na parede à esquerda da porta de entrada e da escada, estava o balcão, e sobre ele se debruçava a recepcionista.
- Senhor?
Gaston hesitou por um momento, então desceu a escadinha timidamente.
Sentou numa cadeira de frente para o balcão, então a recepcionista voltou a lixar as unhas. Era loira e de maquiagem borrada. Seu batom era vermelho-maçã engordurado. Ela encarou-o por mais alguns momentos, então voltou a se concentrar nas suas unhas como se abandonasse friamente um cachorro para morrer.
Gaston achava que fora indicado ao lugar errado quando viu que o consultório era no subsolo. E agora, estava hipnotizado de ver como o lugar era... Exótico. Ao lado direito da escada, tinha uma escultura de um cavalo de xadrez que ele deixara de notar quando entrou. Os cantos das paredes estavam repletos de gigantescas teias de aranha. Gaston começou a imaginar o tamanho de suas fiandeiras.
Um som rouco, seco e alto de tosse o puxou de volta. Gaston olhou assustado. Ao lado direito do balcão, sentado em outra cadeira, um homem levava a mão à boca. Era corcunda, careca e com olhos amarelos com profundas olheiras. Quando sorriu, Gaston pôde ver dentes podres em sua boca. Desviou os olhos para fugir daquela imagem.
Ao lado do corcunda tinha um sujeito enorme, uma mistura de músculos, gordura e altura. Seus olhos eram arregalados e fixos no nada, absolutamente sem piscar. Na verdade, seu corpo inteiro não se mexia. Atravessando sua cabeça, ele tinha um cutelo. Devia ser um boneco, uma figura inexpressiva deixada na cadeira.
Gaston olhou pelo rabo do olho para as cadeiras à sua direita e na da ponta, avistou um sujeito curioso. Era baixo, calvo com cabelos brancos e a cabeça em forma de lâmpada. Seus olhos eram frenéticos, quase saindo das olheiras buscando incansavelmente algo. Vestia uma camisa branca e luvas pretas de tecido.
Entre Gaston e o baixinho tinha uma mulher que tremia compulsivamente. Usava um vestido vermelho e preto e estava encharcada. Da cabeça aos pés descalços, pingava dela gotas frias. Seus olhos estavam desesperados, mas não pareciam estar ali. Ela balbuciava apesar dos dentes batendo: "Podre... Maçã... Eu..."
Uma lâmpada vermelha acendeu no balcão. A recepcionista apertou um botão no que parecia um velho gravador e o manteve ali.
- Ela está entrando
- Não - Respondeu uma voz radializada - Eu quero ver... ELE...
Ela olhou para Gaston por cima de óculos invisíveis enquanto tirava o dedo do aparelho.
- O Doutor Maciére quer vê-lo, querido.
Gaston levantou num pulo.
- T-Tudo bem - Respondeu ele, gaguejando.
Cada passo que ele dava era mais pesado. Gaston sentia cada par de olhos - Amarelos, arregalados, frenéticos e desesperados - encarando seus movimentos desajeitados conforme ele avançava desajeitado pela sala. Ele podia ver todos eles se levantando ao mesmo tempo para agarrá-lo, separá-lo em pedaços e espalhá-lo pelo chão.
A portinha de madeira, com uma placa torta escrita "Dr. Maciére". Gaston girou a maçaneta, entrou e fechou a porta com alívio de ninguém ter levantado para atacá-lo.
O doutor estava de pé. Era um sujeito gentil. Tinha cabelos desfiados, densas olheiras e vestia uma camisa branca, com mangas rasgadas e espirros de sangue. Ele juntava as mãos pelas pontas dos dedos sujos de tinta preta.
- Olá Gaston - Falou o Doutor com sua voz simpaticamente rouca - Gostaria de se deitar? - Ele ofereceu, gesticulando para o divã cor de vinho atrás de si.
Gaston enrubesceu.
- Não tenha medo - Insistiu o Doutor com um sorriso - Só quero entender a sua cabeça... Por que não começa contando sua história?...

segunda-feira

Monstruosidades...

Pesadelos.
De todos os tipos e formas, vindos fruto da realidade ou da ficção, de monstros de nossa infância ou futuro hipotético. Vejo os pensamentos como tentáculos negros, que nos agarram em seu mundo quando nos vemos em um deles, e ficam nos puxando de volta mesmo quando acordamos.
Acho fascinante tudo isso.
Gostaria de contratar pesadelos como meus aliados. Tenho certeza que são sujeitos muito inteligentes ou muito pirados por conseguirem trazer o terror usando apenas uma mistura de memórias, medos e acontecimentos hipotéticos.

Tesouras Cegas...

Boa noite a todos!
Faz tempo que não posto nada aki, pretendo mudar isso essa semana!
Quero só fazer um comentário pra toda a galera q ta ajudando: acessando, lendo, comentando e interagindo e incentivando! Valeuz MESMO pra todos vcs! Se eu deixo de postar, é pq não considero q esteja bom o suficiente pra vcs lerem, quero qualidade pra todos os q acessam aqui!
Só não sejam tímidos!
Comentem a vontade, perguntem, sugiram!
Se estiverem com preguiça, podem só votar tb, é só clicar 8D
Vcs q tão me ajudando, valeuz mesmo, mais uma vez! Continuarei fazendo isso por vcs ;]
Se gostarem de algum em especial, me avisem...
E voltem sempre para mais novidades do nosso mundo grotesco ;]

Mas vamos ao que interessa:

Estilos

Faz tempo q vejo pessoas adotando um 'estilo' em comum e defenderem esse estilo até a morte. Usando subtipos musicais como exemplo: heavy metal, punk, pop, emo...
Faz tempo q vejo pessoas vestindo um 'estilo' em comum. Porque? Bom, elas tem todo o direito de achar interessante, se identificar com ele. Mas acho perigoso pessoas que começam a perder a individualidade por causa disso.
Pra mim, não ha nada mais artistico do que uma pessoa ter um estilo próprio. Claro, não existe nada TOTALMENTE original, afinal, todos somos influenciados por nossos idolos e coisas ao nosso redor que nos atraem. No entanto, o jeito que somos é uma estranha mistura de nós mesmos com pessoas que influenciam/influenciaram nossa vida. Por que o resto haveria de ser diferente?
Roupas, música, arte, o que for! Tudo o que fazemos tem que ter um toque nosso; certas influencias aparecerão, mas é preciso que NÓS sejamos dominantes, não OS OUTROS.
Portanto, pare de esconder o que você gosta, pare de tentar ser quem você não é! Admita tudo o que você gosta, misture tudo com quem você realmente é e logo terá o seu próprio estilo!
Será aquela pessoa que em qualquer lugar que deixar uma marca, as pessoas entenderão que foi você que passou, reconhecerão sua marca de cara.
Escolha cores que você gosta e que combinem; vista roupas que você se orgulha de ter e lembre-se de comprar mais dessas da próxima vez; não viva em função dos outros, mas viva transformando os outros com aquilo que VOCÊ tem para oferecer.
Acima de tudo, lembre-se que pessoas não são produtos; não se pode classifica-las por suas mais importantes caracteristicas. Não é por uma banda, um estilo de cabelo, uma cor na roupa que devemos julgar o estilo da pessoa; ela pode ter as mesmas influencias que você!
Se certas pessoas se afastarem assim que você mostrar seu verdadeiro gosto, deixe-as. Pessoas que gostam de você de verdade, gostarão independentemente do seu estilo.

quinta-feira

Brinquedos Afiados...

Quando as Lanternas se apagarem - Parte Final


Edward cuspiu um pouco de sangue que se juntara na sua boca, e em seguida abriu um sorriso. O grande Edward, aquele sujeito que sobrevivera desde os primeiros dias da infestação; frio, preciso, militarmente quieto. Outro sorriso, dessa vez, remetente à uma lembrança. 'Se algum dia eu puder escolher como vai ser minha última visão nessa vida, quero que seja o pôr-do-sol'. Irônico. A Infestação não tornara o pôr-do-sol impossível; na verdade, os dias eram iguais aos de antes. Iguais? Talvez não... Edward mal se lembrava como eram os dias de antes. Lembrava que tinham paz, que podiam deitar-se em suas camas todas as noites para longas horas de sono, sem medo do escuro. Dinheiro era a única coisa que movia o mundo, e era possível encontrar pessoas em todos os lugares.

Depois da Infestação, tudo isso mudou: Sobrevivência era a única coisa que os movia; encontrar outras pessoas aos poucos parecia impossível; e o escuro era o que mais temiam. Edward entendera isso rápido, e logo se adaptou ao mundo. Viveu cada um desses dias confiante em suas habilidades esperando viver para uma reviravolta do amanhã ou morrer vendo o pôr-do-sol.

Nenhum dos dois aconteceria.

Edward começou a ouvir os urros que vinha da rua. Mais urros. Os últimos foram baleados pelas pessoas que ele amava, e era para salvá-las que ele estava ali.

Passos começaram a correr na rua em direção ao supermercado, e Edward olhou, com um sorriso esperançoso, a granada em sua mão.

Não eram mais poucos passos. Eram dezenas. E logo, passaram para centenas. Todos famintos, correndo para seu objetivo: carne fresca e indefesa; Edward. Ele apenas esperava. Não estava ansioso, pois sabia como tudo acabaria. Apenas se perguntava como seria do outro lado; será que lá ele encontraria outras pessoas? O seu pôr-do-sol que não receberia agora? De uma maneira, estava feliz, pois estava dando chance para quem ele amava.

Isso era um motivo nobre para morrer.

Quando as centenas de passos invadiram a rua do supermercado, avançando metros na corrida, Edward soltou o pino da granada.

- Boa sorte, meus amigos - Sussurrou ele com o último sorriso no rosto.


Correndo na estrada, a kilômetros da cidade, Eva e Joseph ouviram a explosão. Seus rostos estavam úmidos de lágrimas.


- Joseph! - Gritou Eva - Cobertura!

Joseph metralhou mais dois e foi para o lado de Eva, enquanto ela trocava as munições das suas submetralhadoras Uzi. Como tantos podiam ser atraídos de uma única vez? Eram centenas, que avançavam pela estrada, pelas montanhas e pelos carros. Vinham de todas as direções. A situação rapidamente se tornava assustadora: se fossem cercados, seria o fim.

Joseph avistou um grande número se aproximando. Metralhou mais um na cabeça, então soltou o pino e lançou uma granada. A explosão lançou pedaços de carne morta e sangue

coagulado por toda a estrada. Eva recarregou as submetralhadoras a tempo de balear três que se aproximavam pelo flanco direito. Joseph virou o corpo e abriu fogo contra mais quatro que avançavam por trás deles; Eva subiu em um dos carros, atirou em mais dois nas pernas, abriu furos na cabeça de mais um...

E então ela o viu.

Seus olhos se arregalaram, o terror afogou suas palavras. Perderam-se por alguns segundos em seu estômago, antes de voltarem á tona num ataque de pânico, gritando por Joseph.

- Não posso agora, Eva! - Respondeu Joseph acertando mais dois que chegavam a menos de dois metros dele.

- Joseph! É um gigante! - Gritou Eva

Todos os músculos de Joseph travaram como se todos os seus vasos sanguíneos tivessem congelado. Quando os zumbis simples já eram motivo para pânico, a Infestação também trouxe mutações em alguns, distorcendo seus músculos e moldando-os em tamanhos descomunais. Eram massas de músculos e gordura, capazes de investidas tão fervorosas quanto um touro atacando. Um desses era capaz de matar dezenas de homens. Sua pele era excepcionalmente áspera, tornando até duas submetralhadoras Uzi não muito mais efetivas do que lançadores de agulha.

O ataque massivo de zumbis continuava; eram intermináveis. Joseph pediu cobertura de Eva para recarregar, enquanto pensava em algum plano para matar o gigante. Mas tinha que ser rápido.

O urro ensurdecedor do gigante ecoou na estrada. Ele inclinou seu tronco deformado e desproporcional de músculos e gordura para frente e começou a investida.

Mais zumbis avançavam junto com ele; os que ficavam em seu caminho, eram pisoteados, deixando apenas um rastro de carne esmagada e ossos quebrados.

Eva metralhou mais alguns, enquanto sua cabeça pensava desesperadamente num plano; e ao primeiro feixe de luz, ela gritou.

- Joseph, corra para longe dos carros!

O gigante se aproximava, sete metros.

Joseph metralhou mais um zumbi, enquanto pulava por cima de um dos carros.

Quatro metros.

Eva metralhou a cabeça de mais um, os dois pinos caíram ao chão.

Um metro.

Eva girou o corpo, encolhendo-se para se jogar para longe. O gigante investiu contra o carro

que ela estava a um segundo atrás...

E as duas granadas explodiram.

Eva foi lançada para longe. A explosão pegara a parte de trás de seu corpo, além de estilhaços que perfuraram sua pele. Ali, jogada no chão, ela mal podia se mexer.

Todas as imagens eram turvas; lentas. Aquele não fora o melhor dos planos, mas era o mais eficiente. Algo em sua cabeça gritava para ela se levantar e fugir, que estava em perigo; mas qual era o perigo mesmo? À sua frente, ela via novamente o jardim de casa, sua mãe parada na porta olhando sua pequena garotinha brincar. Mas também tinha uma voz familiar que não deveria estar ali.

Joseph.

Joseph? Seu amigo gritava o nome de Eva, o barulho de tiros e urros. Tudo parecia uma realidade distante agora. Aqueles urros não pareciam assustá-la mais. Eva sentiu que alguém a pegava nos braços; mas sua mãe estava parada na porta. De quem eram aqueles braços, suados, quentes? Ela ouviu Joseph gritar seu nome mais uma vez.

- Joseph... - Ela falou, surpresa por ver que sua voz não tinha força para sair da garganta - Fique... Bem...


À sua frente, estava mais uma cidade. Joseph tomou o último gole de água e jogou a garrafa longe. Ele não sabia como estaria a cidade. Podia estar tão infestada quanto a última, ou talvez menos, ele não teria chance sozinho. Abaixou a cabeça. Mas tinha que continuar. Não era justo com seus amigos que se sacrificaram para que ele chegasse tão longe... E se rendesse tão facilmente. Mesmo sozinho, ele tinha esperança. Talvez ela não durasse mais do que uma semana, assim como sua sanidade quando ele entendesse que não existia mais ninguém para conversar e tornar o dia seguinte um pouco menos assustador.

Tinha mantimentos para mais três dias; o ideal seria se encontrasse um supermercado.


Fim.