sábado

Saudade
A vontade consumidora de que o passado engula o presente
Para que possamos revivê-lo melhor...

quinta-feira

Me vejo de joelhos
Implorando para ela vir me acordar...
Antes que tudo acabe de vez
E eu comece a Chorar...

Brinquedos Afiados...

Existe algo notório sob a Cartola preta – Parte 3


O Público delirava. Pierre mal conseguia conter o sorriso. A carnificina seria tão divertida dessa vez...

Enquanto o apresentador permanecia com os braços abertos, ouvindo os aplausos, Mosster saiu de trás da lona. Diferente dos outros artistas, Mosster não era somente pálido; era literalmente branco. Ele tinha desenhos de triângulos negros ao redor dos olhos densos e sua boca era preta. Usava uma roupa social cor de vinho e, por cima, um sobretudo.

Pierre esperou-o se aproximar, então o apresentou com a mão.

"Apresento-lhes, o Mágico Mosster!"

O Público se levantou para aplaudir. Sua hipnose ficava cada vez mais forte, estavam delirando de tão maravilhados com os figurinos e os atos. Vendo que talvez fosse demorar, Pierre fez um sinal com a mão para que os aplausos se cessassem. As palmas pararam imediatamente, como se todas as mãos tivessem sido cortadas ao mesmo tempo. O Público se sentou de forma homogênea. Apenas algumas conversas paralelas perduraram.

"Quem da platéia gostaria de se voluntariar?" Perguntou Pierre. Ele sorria de uma Piada que vinha a seguir.

O Público grunhia baixo, enquanto alguns corajosos levantavam a mão.

"Este gentil Senhor" Indicou Pierre; observou o homem descer a escada até o picadeiro e lá, lhe perguntou "Qual o seu nome, bom homem?"

"Sr. Jones" respondeu o homem timidamente.

Pierre abriu um sorriso e agradeceu num volume quase inaudível. Então olhou para o Mágico e acenou com a cabeça, antes de voltar-se para o Público novamente.

"Senhoras e Senhores! Nosso bom Sr Jones vai nos ajudar essa noite! Por mais assustador que pareça, é essencial que todos mantenham a calma! Ele está nas mãos de um profissional!" gritava Pierre, apontando para o Mágico. Internamente, Pierre se contorcia para não gargalhar quando olhava para Mosster; este se mantinha sereno, apesar de também segurar os sorrisos maliciosos.

O voluntário foi levado até um caixão de madeira negra, sendo fechado lá pelo Mágico. Pierre se afastou para a lona, mas continuou com os olhos frenéticos para a cena.

Era apenas Mosster e o caixão agora no picadeiro.

O caixão fora trancado. Não tinha como sair.

Silêncio.

Todos observavam.

O Mágico tirou seu sobretudo e lançou-o no ar. Antes que este caísse ao chão, Mosster girou com os braços esticados, tirando de dentro do sobretudo, ainda no ar, dois floretes.

Apenas o som do tecido encontrando o chão ecoou.

O Mágico aproximou-se lentamente do caixão...

O primeiro flash.

Gritos de susto e hesitação. Um brilho rasgou o picadeiro antes de ser enterrado na superfície de madeira.

Silêncio.

Respirações ofegantes, apenas.

Mosster avaliava a sua obra com a arma em mãos.

E o segundo flash, seguido de mais gritos de hesitação e pavor, intercalados com mais um rasgo de metal perfurando a superfície num baque oco. O segundo florete fora enterrado no caixão. Atravessavam-no agora.

O Mágico fez o sinal. Duas meninas pálidas mascaradas saíram de trás da lona e levaram o caixão embora.

"Mais voluntários, por favor" pediu ele.

O Público estava imóvel. Os olhos arregalados, brilhando na escuridão. Levou minutos até novas mãos se levantarem.

"A menininha, por favor" apontou Mosster.

Era uma menina de cachos loiros e olhos azuis. Não devia passar dos 8 anos. Seus olhos quase brilharam tanto quanto seu sorriso. Ela desceu saltitante a escada para o picadeiro.

"Qual o seu nome, meu bem?" perguntou Mágico.

"Gina" respondeu a menina inocentemente. Mosster sorriu. Ele andou calmamente até seu sobretudo ao chão, ergueu-o, balançou-o um pouco. Afastou as mãos, e em cada uma, agora tinha um sobretudo. Não um no total; dois. Um em cada mão.

Os olhos do Público voltaram a brilhar, e alguns aplausos fracos saíram do fundo.

Mosster deixou um no chão, como um círculo preto e pediu gentilmente para Gina ficar sobre ele, enquanto ele vestia o segundo.

Gina parecia confusa. Mosster apenas sorriu.

Num movimento, ele encobriu todo o corpo com o sobretudo, deixando uma massa preta de tecido em seu lugar. A vestimenta caiu seca ao chão, sem mais ninguém no seu interior.

Silêncio.

Logo as perguntas "Onde ele foi?" "Cadê ele?"

Gritos.

Não gritos de hesitação; gritos de susto.

No Público, uma forma branca, que corria como um facho de luz apressado entre as pessoas. Encobria algumas selecionadas com sobretudos pretos, iguais ao primeiro, que em seguida, assim como o que acontecera com o Mágico, caíam vazios ao chão. O Público diminuía, perdia espectadores sem terem se movido voluntariamente.

Gritos de susto. Olhares ansiosos para os lados.

Logo, as perguntas de até onde aquilo fazia parte do número; estava acendendo uma chama de indignação; mas esta não conseguia queimar, pois ao mesmo tempo, estavam todos hipnotizados, ansiosos pelo menos para ver o fim do número.

Ansiosos...

Os olhos procuravam alguém no Público, mas não tinha mais nada ameaçador. Então voltavam-se para o picadeiro, onde Gina permanecia inquieta sobre o sobretudo.

Silêncio.

Foi quando o sobretudo abaixo dela subiu, como se preso por cordas pelas pontas, engolindo a pequena menina como uma boca obscura saída do chão. Uma massa disforme de tecido preto. Então, o sobretudo caiu, vazio.

Havia sobrado cerca de 2/3 do Público. E todos os olhos estavam pasmos; tão surpresos, que não puderam dar atenção aos gritos de pavor que seus corações davam, implorando para saírem dali o mais rápido possível.

Um alto barulho começou, vindo do teto obscuro. Não se via o que acontecia com clareza, apenas vultos das colossais engrenagens girando e sons de facas fatiando.

Barulho de ferrugem. Barulho de gigantescas partes de ferro se encontrando. E gritos vindos das máquinas. Gritos de dor.

Silêncio no Público que restava.

Silêncio agora nas máquinas.

O silêncio agora devorava tudo. A indignação, a dúvida, a ansiedade.

O sobretudo largado no centro do picadeiro começou a tremer. Do teto, um último barulho de máquinas.

Os olhos buscavam algo para olharem, quase desesperados. O barulho mecânico continuava.

Logo, braços se levantaram, apontando para algo que descia lentamente do teto: O caixão de madeira de antes, preso pela parte de cima por correntes.

Mais mãos apontaram, agora para baixo. O sobretudo subia no ar, como se preso por fios de nylon.

Subiu até encontrar o caixão, que parara a muitos metros do chão. Subiu mais um pouco, e então caiu vazio em cima dele.

Silêncio.

Respirações ofegantes.

O tecido preto se mexeu novamente, agora criando massa, ficando alto como um homem. Então se abriu, e ecos de surpresa encheram a cena. De dentro do sobretudo, saiu Mosster, abrindo os braços e se equilibrando em cima do caixão.

Aplausos explodiram. O Público se levantou frenético, gritando e assoviando.

Tambores e cornetas tocaram uma música para encerrar o número.

O Público delirava.

Então o caixão se abriu, e as palmas cessaram.

Dentro do caixão, estava o cadáver do Sr Jones, mutilado. O corpo despencou de lá de dentro, caindo de metros de altura, até fazer um baque pastoso no chão de terra.

Os olhos se arregalaram.

Então o caos começou. Gritos de medo. Alvoroço. Pessoas se empurrando, desesperadas para sair.

Um clanque ecoou do teto.

Caíram sobre o público, os cadáveres mutilados dos espectadores que foram capturados. Estavam pendurados, presos por cordas nos pescoços.

O caos piorou. Gritos, choro, violência. As pessoas agora estendiam a mão, com lágrimas escorrendo por seus rostos. Lutavam contra os cadáveres que se punham em seus caminhos. Parentes, amigos, namorados... Todos agora frios e cheios de cortes, pendurados pelo pescoço.

"Para que a pressa?" Gritava Pierre. Sua voz estava satisfeita. "Agora que os Palhaços iam entrar!"

Pessoas soluçavam de medo. O terror se alastrava entre a massa de corpos que andava lentamente tentando sair de qualquer maneira da arquibancada.

"Agora é hora de nos divertimos!" Ecoava a voz de Pierre pelo picadeiro. "Que entrem os Palhaços!"

As poucas luzes se apagaram por completo.

A escuridão reinou.

terça-feira

Just keep saying my love is true...

Bom, não tenho muito o que falar...
Pra começar, o título dessa música sempre me chamou atenção, por ser grotesco se visto literalmente...
Mas acima de tudo, ela é ÓTIMA!
Claro, afinal, é Green Day!
Então vão em frente, ouçam, leiam, curtam...
Dediquem para alguém em especial...
Porque eu dedico essa música
Para uma pessoa que já sabe que é
;]


I'm all busted up broken bones & nasty cuts
Accidents will happen but this time I can't get up
She comes to check on me making sure I'm on my knees
After all she's the one who put me in his state

Is she ultra-violent is she disturbed
I better tell her I love her
Before she does it all over again
Oh god she's killing me

For now I'll lie around hell that's all I can really do
She takes good care of me just keep saying my love is true

Looking out my window for someone that's passing by
No one knows I'm locked in here all I do is cry

(Pulling Teeth - Green Day)

Monstruosidades...

Adultacy

Que infância que não traz Maravilhas
E Mundos inteiros a sonhar
E Tantos Sorrisos a abrir
E tantas Horas pra se apaixonar

Ah que Momentos bons que tive
Com bons Monstros conversando
Correndo pelas minhas próprias Colinas
E sob o Luar imaginando
Como era bom ter um Amor Inquestionável
Como gostava de ter boas Histórias comigo
E como era bom poder Desabafar
E chorar nos ombros de um Amigo.

Então a Lua se racha.
Então as Nuvens vêm
E a Sombra da Dúvida começa a aparecer
E aos poucos nos vemos sem Ninguém

Somem nossos queridos Guardiões.
E a Imaginação se torna rala
E viram Assassinos nossos Valentões
Perante a Lua que não mais fala.

Nossos heróis agora podem morrer.
Nossos impérios agora podem cair
E nosso coração passa a doer.

E nossos Amigos Cresceram
E nossos Monstros agora Inxesistem
E na Sombra Desapareceram.

Por favor, Por favor
Não nos leve tão a Sério
pois não sabe como é Assustador
Acordar um dia e ter Amadurecido
E se Desesperar por ver tudo de bom
Que foi Perdido
Agora temos Responsabilidades.
Agora temos que ser Respeitados
E Agora sofremos de Dor
nas Noites que passamos Desacordados.

E Agora me vejo com Lágrimas a cair
E a tal Luxo não posso me dar
E me envergonho a Vê-las sair
Pois Gente Grande não pode chorar

segunda-feira

Monstruosidades...

RedRose

Desde que Você foi
Cada Hora passa devagar, Testemunhando
Calmamemente
Como tenho pensado em Voce;
E Cada Lembrança
Me Bombardeia como um Cardume
Dispersando meus Pensamentos num Rio de Memórias

Desde que Você foi
Tenho passado mais tempo Sozinho,
Olhando para longe,
Buscando um Rosto no Horizonte;
Olhando Apaixonado para os Pássaros
Ansioso para contar-lhes minha Histórias.

Desde que Você foi
Tem apenas um Rosto
que eu venho Toda Noite a Sonhar
E me alegro a Cada Dia que passa
Por que sei que no Fim
Você vai Voltar
Como saber se a Tempestade é Densa sem estar nela?

Are you the Rabbit?...

Nossos Coelhos não são totalmente brancos...
Mas vale a pena segui-los...

Contagem para Abril...

Olá pessoas!

Semana muuito murchinha foi a passada D:
Sinto muito por ter postado muito pouco... Mas pelo menos demos chances para os iniciantes tb conhecerem melhor os artigos antigos!
Essa semana a coisa melhora ;]

Vamos à algumas noticias antes de seguirmos com o procedimento padrão:

Abril.
Data muito esperada pelo GloomCester, por vários e vários motivos.
1º - Já postei isso antes, e, como não podia deixar de ser o principal, em Abril estréia aqui no Brasil o tão esperando filme Alice In Wonderland do nosso adorado diretor Tim Burton *-* A estréia será dia 21.
2º - Fanmix! *-* O evento que tem ganhado muitos e muitos numeros de pessoas nos ultimos anos virou período sagrado para as pessoas da região. E como podem esperar, esse narrador que vos fala estará lá se divertindo um pouco... Podem esperar por fotos aqui tbm :D A previsão é para a segunda metade de Abril
3º - Contagem pra StarcraftII: Nada confirmado oficialmente no site da Blizzard, mas os boatos é que o jogo seja lançado no segundo trimestre de 2010. Adivinhem... Em Abril começa a contagem! :D o jogo é a continuação do Best-Seller Starcraft, uma estratégia em tempo real (assim como seu primo, Warcraft) com a temática de espaço/futuro. A continuação promete gráficos estonteantes, efeitos que turbinam as batalhas e muito mais diversão que o antecessor! :D

O que seria meu 4º motivo, o release oficial de Rise of Eldrazi, a ultima expansão do bloco Zendikar (MTG) não entra mais aqui D:
A Wizards já anunciou alguns cards envolvidos, e, pessoalmente, quase erraram tanto na mão quanto quando fizeram Future Sight.
Adicionaram muitas mecânicas desnecessárias e cards muito apelativos. A raça que salvava o bloco, nossos queridos Vampires, parece que não vão salvar a expansão dessa vez!
O lado bom fica para os próprios Eldrazi, apesar de seu custo e tamanho exagerados... é triste pensar que os bons decks Timmy perderão seus clássicos 7/7 Trampler para Muitos e Muitos Eldrazi tendo desde os "pequenos" 8/8 até os "humildes" 12/12...
No entanto, é triste pensar que a Wizards finalizou um bloco que tinha uma temática tão boa com uma expansão tão fora de mão, salva apenas por criaturas mais "justas" por custarem quantidades absurdas de mana!
Acredito que foi-se o tempo bom de Magic... Duvido que teremos de volta um bloco que tudo foi TOTALMENTE aproveitável, como foi em Lorwyn/Shadowmoor, ou revolucionário e chamativo como foi com Onslaught...

Para mais informações, acessem ~>
http://www.starcraft2.com/ para tudo sobre jogo StarcraftII