sábado

Morte pra mim não é tão assustadora;
é apenas um Outro Mundo, totalmente desconhecido.
O que me Assusta são Espelhos
Que podem ser as Janelas para Mundos Horríveis
Tentando nos convencer que é a nossa Realidade...

sexta-feira

Tive três Deja-vus num único dia...
Pergunto-me se acontecerá algum acontecimento que marque a minha passagem de Sonhador para Profeta...
"O Sol se Põe;
As Árvores Sussurram;
Os Pássaros Voam para seus Ninhos;
Lentamente, o Laranja se mescla com o Preto;
E um Novo Mundo Nasce..."

quinta-feira

Brinquedos Afiados...

Existe algo notório sob a Cartola preta – Parte Final


No centro do picadeiro, banhado pela escuridão, Pierre soltava gargalhadas que ecoavam pela arquibancada.

A massa de corpos corria por direções opostas. Os gritos aos poucos se tornavam o barulho constante do final do espetáculo. Baques secos de quedas da arquibancada, gemidos de nojo ao encontrarem os cadáveres pendurados... E logo, vieram as risadas.

Não eram totalmente felizes, como as de Pierre; Eram altas, histéricas, loucas. Ecoavam, entrando nas orelhas suadas e se misturando com medo dentro das cabeças de uma maneira que gargalhadas nunca antes conseguiram fazer.

Vinham de várias direções. Começaram atrás de Pierre, atravessaram o picadeiro, subiram pela arquibancada e se misturaram na massa de corpos.

Agora dois barulhos reinavam. Gritos de medo e desespero e gargalhadas sanguinolentas.

Logo, mais um surgiu.

Mordidas.

Barulhos pastosos. Bocas mastigando.

Gritos de dor. Dor insuportável.

E mais gargalhadas, descontroladas, frenéticas.

Aumentavam o volume. Os gritos ficavam mais intensos.

Barulho de pasta espirrando, pintando a madeira como tinta.

Mais barulho de mordidas, menos gritos ecoando.

"Creio que é hora de finalizarmos" Comentou Pierre; então estendeu os braços e gritou "Não temos como falar o quão agradecidos estamos pela presença de todos! Esperamos que tenham se divertido assistindo nosso humilde espetáculo! Mas é uma pena que tenham que ir..." – Um baque seco ecoou abaixo da arquibancada – "... Por que não ficam mais um pouco?!"

Um barulho escorregadio ecoou. Subiu, se misturando às gargalhadas e aos gritos.

Sons enferrujados ecoavam to teto. Logo, os barulhos de facas voltaram.

Mais gritos de dor.

As gargalhadas cessaram, e apenas os sons escorregadios carregavam os gritos agora.

Pierre e todos os artistas assistiam. "É hora de iluminarmos tudo de novo!" comentou ele.

As luzes reacenderam.

Os barulhos escorregadios revelaram-se: imensos tentáculos de pura escuridão saíam de baixo da arquibancada, carregando, enrolados em suas pontas, os poucos sobreviventes que gritavam.

Deram rodopios no ar, então voltaram para baixo da arquibancada, levando consigo os últimos gemidos de horror.


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O cenário tinha marcas de mutilação por todo lugar. A madeira estava pintada de sangue; por todos os cantos, era possível encontrar restos de pele, carne e alguns dedos ou orelhas. O cheiro de carne fresca impregnava o ar.

Pierre caminhava pelo picadeiro com Mortina.

"Como estão todos?" perguntou ele.

"Precisa ver a cara deles, Pierre! Estão se divertindo com o banquete! Tenho certeza que foi um dos nossos melhores espetáculos até hoje!"

Pierre sorria. "Era a sensação que tive quando chegamos aqui... Nimsburgo é uma cidade digna para um espetáculo nosso!" Seus olhos se apertaram "No entanto, ainda sobraram alguns moradores em suas casas, certo?"

Mortina assentiu.

Pierre coçou o queixo pálido. Sua cara de dúvida aos poucos dava espaço para um sorriso. Seus olhos brilharam. "O que fizeram com as cabeças?"

"Guardamos" respondeu Mortina "Mosster disse que você encontraria um bom uso para elas... Como sempre..."

Pierre soltou uma gargalhada.

"Mergulhar cabeças em cera para parecerem falsas foi mesmo uma grande idéia... Mosster fez certo mais uma vez! Reúnam as cabeças!"

Mortina suspirou.

"Tem certeza? Temos expressões ótimas! Encontramos uma que pode até ser possível ouvir o grito do sujeito ainda..."

Pierre sorria, olhando para as máquinas sujas de sangue.

"Ora, bem... Não vou precisar de todas... Uma por família! Acha que Mosster consegue identificar os parentes das pessoas que ficaram em suas casas?"

"Vamos perguntar" respondeu Mortina, deixando um sorriso estender-se por seu rosto pálido.


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Na manhã seguinte, algumas campainhas tocaram.

Poucos moradores ficaram em suas casas: Filhos de castigo, Avôs e Avós que não queriam sair de noite, Mães que acabaram de ter seus bebês e Doentes de cama.

Cada um deles iria abrir a porta e encontraria uma caixinha listrada de preto e branco, enfeitada com um belo laço verde-escuro.

Dentro, encontrariam uma lembrança peculiar de seu ente querido.

E um bilhete.

No bilhete, estaria escrito:

"Esperamos você no nosso próximo espetáculo. – Submundliee, o espetáculo mais assustador do Planeta"

quarta-feira

Don't you try to stop me....

We are the kids of War and Peace
We are the Broken, The Beaten and The Damned
We are The Kings and Queens of Promise
And We don't want to Live Forever
How did We get Here?
Oh, We are still so Young but Desperate for Attention
And in the Night, We'll wish this never Ends...

Fishes...

Viajar pelos dias significa passar tempo consigo mesmo...
Significa fazer as coisas que você sempre quis fazer mas nunca teve tempo pra isso...
Significa não se preocupar por alguns dias com outras pessoas ou outros problemas
Além daqueles que sejam seus
E que caibam apenas a você decidir
Todos falam o quanto queriam isso
O quanto precisam passar mais tempo com eles mesmos...
Mas não é uma fórmula
é subjetivo, é pessoal, afinal cada pessoa passa consigo mesmo o tempo necessário
Enquanto para uns é preciso dias ou anos para se conhecer eficientemente
Outros precisam de apenas alguns minutos de solidão com sua banda favorita no rádio.
Nas linguagens modernas pode ser classificado como uma terapia
Terapia para mim soa como algo que precisamos fazer quando a situação precisa ser cuidada...
Se deixamos as coisas chegarem a ponto de chamar o tempo com nós mesmos de 'terapia', então realmente temos um problema sério que precisa ser cuidado com urgência...
O que não vale é se envergonhar dos pensamentos que possam vir nesse tempo; deixe-os fluir, como um rio seguindo seu curso... não se interrompa, não se censure...
Deixe as coisas virem
Deixe as histórias que você ajuda a escrever prosseguirem
Se pensa que ama alguém, essa é a hora da verdade; nessa hora, todos os seus pensamentos te levarão àquela pessoa; e, se for esse o caso, então após esse tempo há algo importantíssimo para resolver: Expressar, verbalmente, para essa pessoa, o que você passou nesse tempo e como se sente.
Mas acima de tudo, sorria. Tire esse tempo apenas para ouvir as músicas que mais te agradam, ler os livros que mais te influenciam, assistir os filmes que mais te divertem, ou, se o seu tempo levar apenas alguns minutos, simplesmente solte seus pensamentos para que eles nadem livremente...
Se você sorrir com o rumo que eles levam,
Então você está pronto para voltar ao mundo

domingo

Que venha a Páscoa!

Feliz Páscoa pessoas!
Imagino que já estejam chorando de arrependimento por terem se entupido de chocolate...
Não se preocupem! Alguns gritos e uma boa corrida contra um psicopata deixará vocês em forma rapidinho!
Aliás, vale ressaltar que é nisso que o GloomCester acredita; não nas clássicas simbologias da páscoa (Ressurreição, Superação, Retorno...), mas sim no Chocolate. Pesquisas médicas falam sobre o estimulo de hormonios e sensação de felicidade... Bom, eu gosto de simbolismos. O fato é que chocolate virou um simbolo de felicidade na nossa cultura de hoje em dia... Felicidade e magia. Quer a ciência prove ou não, quer seja realidade ou não, GloomCester acredita e emprega isso nos seus trabalhos: Chocolate tem uma magia em si...
Assim como o Coelho!
O Coelho da Páscoa é símbolo de muitas coisas; em especial, superação (claro, afinal, ele pula!). Mas o simples fato de ser um Coelho significa algo diferente para GloomCester: Passagem.
A Passagem da Realidade para o Mundo das Maravilhas.
Coelho para nós, assim como o chocolate, traz o Misticismo, o Fantástico, o Inexplicável...
Por isso, páscoa para o GloomCester tem algo além: Tem mistério no ar; tem Magia...
Então lembrem-se, meus caros: ao verem coelhos brancos, pode ser que vocês estejam... À beira de um País das Maravilhas...
Enfim,
Espero que tenham uma boa páscoa
Que sejam felizes independentemente do chocolate e que superem seus problemas independentemente de serem Coelhos!
E continuem seguindo Seus Coelhos Brancos!
Só não se esqueçam deste País das Maravilhas distorcido e de seu amigo GloomCester...
Quem sabe podemos nos encontrar para comer um Chocolate... Feito por mim, que tal?!....
Feliz Páscoa!